A POPULAÇÃO INDÍGENA E SEUS REFLEXOS NO DIREITO INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO
Abstract
A presente pesquisa visa abordar a colonização da América Latina, em especial o processo histórico de dominação sobre o solo brasileiro e suas implicações para a comunidade indígena. A partir do estudo promovido pelas TWAIL, é possível identificar que as relações de subordinação do passado ainda interferem na composição do direito internacional contemporâneo, prevalecendo a hegemonia de países tidos como desenvolvidos em detrimento do Terceiro Mundo. A metodologia desenvolvida foi a hipotética dedutiva, através da análise bibliográfica, legislativa, com o uso de reportagens acerca do tema. Assim, a pesquisa busca as raízes do movimento de negação e violência em face dos direitos humanos dos povos da Floresta Amazônica.Downloads
References
AFONSO, H. W.; MAGALHÃES, J. L. Q. “Para contar as outras estórias: direito internacional e resistência contra-hegemônica no terceiro mundo”. Rev. Fac. Dir. Sul de Minas, Pouso Alegre, v. 29, n. 1: 155-182, jan./jun. 2013.
ANGHIE, A. Imperialism, Sovereignty and The Making of International Law. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.
ANGHIE, A.; KOSKENNIEMI, M.; OXFORD, A. Imperialismo y Derecho Internacional: Historia y Legado. Estúdio premilinar: ESLAVA, L.; OBREGÓN, L.; URUEÑA, R. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, Universidad de los Andes, Pontificia Universidad Javeriana. 2016.
ARENDT, H. The Origins of Totalitarianism. New York: Harcourt Brace Jovanovich, 1973.
BBC. ONU aprova declaração de direitos indígenas. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2007/09/070913_onu_nativos_dg.shtml>. Acesso em 13 abr. 2018.
BRASIL. Decreto n. 591/1992. Atos Internacionais. Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d0591.htm>. Acesso em 05 jan. 2019.
BRASIL. Decreto n. 5.051/2004. Convenção n. 169 da Organização Internacional do Trabalho – OIT sobre Povos Indígenas e Tribais. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5051.htm>. Acesso em 23 jan. 2019.
CARVALHO, L. B. de. “Direito e barbárie na conquista da américa indígena”. Revista da Faculdade de Direito UFPR, Curitiba, PR, Brasil, p. 1-17. dez. 2005.
CERQUEIRA, B. da S. A. de. “A demarcação territorial indígena e o problema do “marco temporal”: O Supremo Tribunal Federal e o indigenato do Ministro João Mendes de Almeida Junior (1856-1923)”. (ALCÂNTRA, G. K.; TINÔCO, L. N.; MAIA, L. M. Orgs.). Índios, Direitos Originários e Territorialidade. Brasília: ANPR, 2018. p. 217-218.
DAL RI JUNIOR, A.; BIAZI, C. A. S. M.; ZIMMERMANN, T. S. “O direito internacional e as abordagens do “terceiro mundo”: contribuições da teoria crítica do direito”, Revista da Faculdade de Direito – UFPR, Curitiba, v. 62, n. 1, jan./abr. 2017, p. 61 – 81. ISSN 2236-7284. Disponível em: < https://revistas.ufpr.br/direito/article/view/47216>. Acesso em: 10 fev. 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rfdufpr.v62i1.47216.
DOMINGOS, I. M. N. ; GUARAGNI, F. A. . “Programas de Compliance para prevenção de riscos ambientais”. (LEITE, F. P. A.; SANTOS, J. P. Orgs.). Direito e sustentabilidade I [Recurso eletrônico on-line]. 1ed.Florianópolis: CONPEDI, 2017, v. 1, p. 170-185.
EBC. MPF: É um impossível jurídico rever demarcações de terras indígenas. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2019-01/mpf-e-um-impossivel-juridico-rever-remarcacoes-de-terras-indigenas.). Acesso em 28 jan. 2019.
ERADICATINGECOCIDE. About Polly Higgins. Disponível em: https://eradicatingecocide.com/about-polly/. Acesso em 10 fev. 2019.
FLORES, J. H. “Direitos humanos, interculturalidade e racionalidade de resistência”, Seqüência: Estudos Jurídicos e Políticos, Florianópolis, p. 9-30, jan. 2002.
FRANCO, F. C. de O. “Oportunidades e desafios das TWAIL no contexto latino-americano a partir de perspectivas dos povos indígenas ao direito internacional”. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 12, n. 2, 2015, p. 226-244.
FUJIHARA, A. M. “Composição social da Amazônia: um misto de povos e culturas”, Presença Revista de Educação, Cultura e Meio Ambiente, Mai.-N°30, Vol. IX, Rondônia, p. 1-10, 2005.
FUNAI. Awá Guajá. Fundação Nacional do Índio. Disponível em: <http://www.funai.gov.br/index.php/informativos/1453-awa-guaja-2>. Acesso em 10 fev. 2019.
FUNAI. Funai continua estudo sobre índios isolados em Mato Grosso. Disponível em: <http://www.funai.gov.br/index.php/comunicacao/noticias/2228-funai-continua-estudo-sobre-indios-isolados-em-mato-grosso?highlight=WyJwaXJpcGt1cmEiXQ==>. Acesso em 15 jan. 2019.
FUNAI. Política Indigenista. Disponível em: <http://www.funai.gov.br/index.php/nossas-acoes/politica-indigenista>. Acesso em: 24 jan. 2019.
FUNAI. Povos indígenas Isolados e Recente Contato. Disponível: <http://www.funai.gov.br/index.php/nossas-acoes/povos-indigenas-isolados-e-de-recente-contato>. Acesso em 10 fev. 2019.
GALINDO, G. R. B. “Para que serve a história do internacional?”, Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 12, n. 1, p. 338-354, 2015.
IACHR. Indigenous Women and their human rights in the Americas. Espan: IWGIA, 2017. Disponível em: <https://www.iwgia.org/images/documents/popular-publications/indigenous-women-americas.pdf>. Acesso em 19 jan. 2019.
IBGE. Censo 2010. https://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?busca=1&id=3&idnoticia=2194&t=censo-2010-poblacao-indigena-896-9-mil-tem-305-etnias-fala-274&view=noticia>. Acesso em 14 jan. 2019.
IBGE. Estudos Especiais. Disponível em: < https://indigenas.ibge.gov.br/estudos-especiais-3/o-brasil-indigena/povos-etnias.html>. Acesso em 27 de jan. 2018.
KOSKENNIEMI, M. The Gentle Civilizer of Nations: The Rise and Fall of International Law 1870-1960. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
LEMBO, C. A pessoa: seus direitos. Barueri, SP: Manole, 2007.
LIMA, G. L. da S. P. Bartolomé de Las Casas e a gênese dos direitos humanos na ocupação da américa latina. Disponível em: <http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=14b7500e05709662>. Acesso em: 05 jan. 2019.
MARTINS, T. A. U. Direito ao pão novo: O princípio da dignidade humana e a efetivação do direito indígena. São Paulo: Pillares, 2005.
MENESES, M. P. G. "O ‘indígena’ africano e o colono ‘europeu’: a construção da diferença por processos legais”, e-cadernos ces [Online], 07 | 2010, colocado online no dia 01 março 2010, consultado a 15 janeiro 2019. URL: http://journals.openedition.org/eces/403; DOI: 10.4000/eces.40.
MIGNOLO, W.; “El desprendimeinto: pensamento crítico y giro descolonial”. (MIGNOLO, W; MALDONADO-TORRES, N.; SHIWY, F. Orgs.), (Des) Colonialidade del ser y del saber. Videos indígenas y los limites coloniales de la Izquierda em Bolívia. Buenos Aires: Del Signo 2006.
MPF. Apuração de denúncias de contaminação em Barcarena por resíduos da Hydro Alunorte. Disponível em: <http://www.mpf.mp.br/pa/sala-de-imprensa/documentos/2018/caso_hydro_alunorte_2018_resumo_ate_10-04-18.pdf/>. Acesso em: 27 mar. 2019.
MUTUA, M. “What it TWAIL?”. Proceedings of the Annual Meeting, 94, 2000, p. 31-38.
OAS. Rights of Indigenous peoples. Disponível em: <http://www.oas.org/en/iachr/indigenous/>. Acesso em 15 jan. 2018.
OKAFOR, O. C. “Critical Third World Approaches to International Law (TWAIL): Theory, Methodology, or Both?”. International Community Law Review, n. 10, 2008, p. 371-378.
OLIVEIRA, P. C.. “Os povos indígenas e o direito internacional dos direitos humanos”. (PIOVESAN, F. Org.). Direitos Humanos. 1ed.: Juruá Editora, 2006.
PHILLIPS, V. “Indigenous Peoples and the Role of the Nation-State”, Proceedings of the Annual Meeting (American Society of International Law), Vol. 101, mar. 28-31, 2007, p. 319-323.
RAMINA, L. “TWAIL – Third World Approaches to International Law and human rights: some considerations”, Revista de Investigações Constitucionais, Curitiba, vol. 5, n. 1, p. 261-272, jan./abr. 2018. DOI: 10.5380/rinc.v5i1.54595.
RANIERI, N. Teoria do Estado: Do Estado de Direito ao Democrático de Direito. 2. Ed. Barueri: Manoele, 2019.
REMIRO BROTÓNS, A. et al. Derecho Internacional: curso geral. Valência: Tirant lo Blanch, 2010.
RODRIGUES, S. T. “Interculturalidade, autodeterminação e cidadania dos povos indígenas”, Joaçaba, v. 16, n. 1, p. 41-64, jan./jun., 2015.
RUIZ, Rafael. Francisco de Vitória e os direitos dos índios americanos: a evolução da legislação indígena espanhola no século XVI. Porto Alegre: PUCPR, 2002.
SILVA, P. O. e. “Causa dos índios e direitos dos povos. Significado do contributo de Francisco Vitória para a filosofia do Direito”, Mediaevalia. Textos e estudos, 30, p. 139-162, 2011.
SILVA JUNIOR, A. R. da. “Representações dos Povos Indígenas em Francisco de Vitória e as Origens Etnocêntricas do Direito Internacional Moderno.”. Seqüência (Florianópolis), n. 80, p. 151-178, dez. 2018.
SOUZA, M. Breve História da Amazônia. 2. Ed. Revisada e ampliada. Rio de Janeiro: 2001.
SOUZA FILHO, C. F. M. de. “A saúde como Cultura, a Cultura como Direito”. Revista de Direito Sanitário, São Paulo, v. 9. n. 3, p. 109-114, nov. 2007/Fev. 2009.
SOUZA-LIMA, J. E. de; MACIEL-LIMA, S. M. de. “Contours of The Legal Knowledge: The Scientific Validity of The Field”. Revista Jurídica, vol, 02, n °. 47, Curitiba, 2017, p. 433-467.
STF. STF impõe 19 condições para demarcação de terras indígenas. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=105036>. Acesso em: 25 jan. 2018.
SURVIVAL INTERNATIONAL. Índios isolados do Brasil. Disponível em: <https://www.survivalbrasil.org/povos/indios-isolados-brasil>. Acesso em 10 fev. 2019.
USP. Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas – 2007. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Direito-dos-Povos-Ind%C3%ADgenas/declaracao-das-nacoes-unidas-sobre-os-direitos-dos-povos-indigenas.html>. Acesso em: 14 jan. 2019.
VIEIRA, G. J. “Breves notas sobre a concepção de etnocídio e seu contexto como violação de direitos humanos”, Lex Humana, v. 3, n. 1, 2011, p. 36-49.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Those authors who have published with this journal, accept the following terms:
The authors cede all their copyrights to the magazine Cadernos de Dereito Actual, which will be in charge of disseminating and always quoting the author.
The authors agree not to send the article or publish it in another magazine.
The authors are allowed and recommended to disseminate their work through the Internet (e.g., in institutional telematic archives or on their website) before and during the submission process, which can produce interesting exchanges and increase the number of citations of the published work, provided that reference is made to Cadernos de Dereito Actual.
All contents published in the magazine are protected under a "Creative Commons - Attribution - Non-Commercial" license. Everyone has the right to freely access the contents of the magazine.