A cegueira deliberada conforme a concepção significativa de ação

Autores/as

  • Sérgio Valladão Ferraz Universidade Federal do Paraná

Palabras clave:

cegueira deliberada, ação significativa, filosofia da linguagem, indicador do dolo, imputação subjetiva, direito penal; direito comparado.

Resumen

O presente artigo visa contribuir para a construção de uma concepção de cegueira deliberada consentânea com o direito penal em países de tradição romano-germânica. Nessa tarefa, são utilizadas as premissas epistemológicas fornecidas pela concepção significativa de ação, a qual é calcada na viragem linguístico-pragmática característica da filosofia da linguagem. A partir da perspectiva linguística, compreende-se adequadamente a cegueira deliberada no direito continental e se percebe o valor que esta tem como fator indicativo qualificado do significado do elemento cognitivo do dolo. O trabalho se insere na perspectiva de que a teoria do delito deve abandonar a busca da descrição da “verdade”, passando a almejar uma pretensão de realização de “justiça”.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

BELLO, G. R. “El agente moral y su transformación semiótica”, in: CRUZ, M. (coord.). Acción humana, Ariel, Barcelona, 1996.

BUSATO, P. C. “La crítica a los delitos de posesión a partir del concepto de acción significativa: conexiones entre el civil law y el common law en las tesis de Tomás Vives Antón y George Fletcher”, Revista Penal, n.º 35, 2015.

__________, Direito Penal e ação significativa: uma análise da função negativa do conceito de ação em Direito Penal a partir da filosofia da linguagem, 2ª ed., Lumen Juris, Rio de janeiro, 2010.

__________, Derecho penal y acción significativa: la función del concepto de acción em derecho penal a partir de la filosofía del lenguaje, Didot, Buenos Aires, 2013.

__________, “Dolo e significado”, in: BUSATO, P. C. (Coord.), Dolo e direito penal: modernas tendências, 2ª ed., Atlas, São Paulo, 2014.

__________, “A política jurídica como expressão da aproximação entre o common law e o civil law”, in: BUSATO, P. C. Reflexões sobre o sistema penal do nosso tempo, Lumen Juris, Rio de Janeiro, 2011.

__________, “Valoração crítica da ‘Actio Libera’ in causa a partir de um conceito significativo de ação”, in: BUSATO, P. C. Reflexões sobre o sistema penal do nosso tempo, Lumen Juris, Rio de Janeiro, 2011.

CABRAL, R. L. F. Dolo y lenguaje: hacia una nueva gramática del dolo desde la filosofia del lenguaje, Tirant lo Blanch, Valencia, 2017.

__________, “O elemento volitivo do dolo: uma contribuição da filosofia da linguagem de Wittgenstein e da teoria da ação significativa”, in: BUSATO, P. C. (Coord.), Dolo e direito penal: modernas tendências, 2ª ed., Atlas, São Paulo, 2014.

FERRAZ, S. V. Cegueira Deliberada: sua utilidade na teoria do delito, 1ª ed., Tirant Lo Blanch, São Paulo, 2022.

FLETCHER, G. P., “Aproximación intersubjetiva al concepto de acción”, Conferencia proferida na Universidad Pablo de Olavide, Sevilla, 1998.

__________, “Basic concepts of criminal law”, Oxford University Press, New York, 1998.

__________, Gramática del derecho penal, (Trad. CONDE, M.), Hammurabi, Buenos Aires, 2008.

__________, “Rethinking criminal law”, Oxford University Press, New York, 2000.

GIMBERNAT ORDEIG, E. Estudios de derecho penal, 3ª ed., Tecnos, Madrid, 1990.

GRECO, L., “Dolo sem vontade”, in: SILVA DIAS e outros (coords.), Liber Amicorum de José de Sousa e Brito em comemoração do 70º aniversário: estudos de Direito e Filosofia, Almedina, Coimbra, 2009.

HEFFERNAN, M. Willful blindness: why we ignore the obvious at our peril, Walker & Company, New York, 2011.

HINTIKKA, J. Lógica, juegos de lenguaje e información, Tecnos, Madrid, 1976.

ISIDORO, R. “Estudio introductório”, in: WITTGENSTEIN, L. Tractatus logico-philosophicus (Logisch-Philosophische Abhandlung), Investigaciones filosóficas (Philosophische Untersuchungen), Sobre la certeza (Über Gewissheit), Gredos, Madrid, 2009.

LUBAN, D. “Contrived ignorance”, 87 Geo. L. J. 957, 1999.

MARTÍNEZ-BUJÁN PEREZ, C. “La ‘concepción significativa de la acción’ de T. S. Vives y su correspondencia sistemática con las concepciones teleológico-funcionales del delito”, Anuario da Facultade de Dereito, disponível em http://ruc.udc.es/dspace/bitstream/handle/2183/2100/AD-5-51.pdf; acesso em: 20 abr. 2018.

__________, “O conceito ‘significativo’ de dolo: um conceito volitivo normativo”, in: BUSATO, P. C. (Coord.), Dolo e direito penal: modernas tendências, 2ª ed., Atlas, São Paulo, 2014.

MUÑOZ CONDE, F. & GARCÍA ARÁN, M. Derecho penal - Parte general, 4º ed., Tirant lo Blanc, Valencia, 2000.

ROXIN, C. Acerca de la normativización del dolus eventualis y la doctrina del peligro de dolo, in Sobre el estado de la teoría del delito, Civitas, Madrid, 2000.

__________. Strafrecht Allgemeiner Teil Band I: Grundlagen, Der Aufbau der Verbrechenslehre, 4. Auflage, C.H.Beck, München, 2006.

SERENY, G. Albert Speer: His battle with truth, Vintage, New York, 1995.

STRATENWERTH, G. Derecho penal, parte general I, El hecho punible, Thompson-Civitas, Madrid, 2005.

US. United States v. Jewell, U.S, Court of Appeals for the Ninth Circuit – 532, F.2d 697 (9th Cir. 1976).

VIVES ANTÓN, T. S., “Estudio preliminar”, in: RAMOS VÁZQUEZ, J. A. Concepción significativa de la acción y teoría jurídica del delito, Tirant lo Blanch, Valencia, 2008.

__________. Fundamentos del sistema penal: acción significativa y derechos constitucionales, 2ª ed., Tirant lo Blanch, Valencia, 2011.

__________. “Reexame do dolo”, in: BUSATO, P. C. (Coord.), Dolo e direito penal: modernas tendências, 2ª ed., Atlas, São Paulo, 2014.

WITTGENSTEIN, L. Fichas - Zettel, (trad. BERHAN DA COSTA, A.), Edições 70, Lisboa, 1981.

__________, Tractatus logico-philosophicus (Logisch-Philosophische Abhandlung), Investigaciones filosóficas (Philosophische Untersuchungen), Sobre la certeza (Über Gewissheit), Gredos, Madrid, 2009.

Publicado

30-03-2024

Cómo citar

Valladão Ferraz, S. (2024) «A cegueira deliberada conforme a concepção significativa de ação», Cadernos de Dereito Actual, (23). Disponible en: https://cadernosdedereitoactual.es/ojs/index.php/cadernos/article/view/1093 (Accedido: 29 abril 2024).