A nacionalidade como um direito humano e os desafios da apatridia
Resumen
A nacionalidade, conceito tão antigo quanto o Estado Moderno, é atualmente um dos principais direitos do homem, atrelado a diversos outros direitos e indispensáveis para que qualquer ser humano desfrute de uma vida digna. Contudo, a aplicação desse direito encontra barreiras na medida em que depende de normas estabelecidas pelos Estados no âmbito doméstico. Nesse sentido, questões territoriais, leis discriminatórias, dentre diversos outros fatores, contribuem para que milhões de pessoas não sejam reconhecidas como nacionais de nenhum Estado. Tais pessoas são denominadas apátridas e, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), existem cerca de 4 milhões de indivíduos identificados nessa situação no mundo. O presente artigo busca, portanto, compreender a construção do conceito de nacionalidade a partir da criação do Estado Moderno, sua importância e desdobramento como direito humano e os principais desafios do combate à apatridia. A pesquisa é de natureza teórico-bibliográfica seguindo o método indutivo que instruiu a análise da legislação, bem como a doutrina que informa os conceitos de ordem dogmática.
Descargas
Citas
ACNUR. Apatridia. 2012. Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/wp-content/uploads/2018/02/Apatridia_Cartilha-informativa_ACNUR-2012.pdf. Acesso em: 12 ago. 2019.
ACNUR. Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros das suas Famílias. [S.l]. 1990. Disponível em: http://acnudh.org/wp-content/uploads/2012/08/Conven%C3%A7%C3%A3o-Internacional-para-a-Prote%C3%A7%C3%A3o-dos-Direitos-Humanos-de-todos-os-Trabalhadores-Migrantes-e-Membros-de-suas-Fam%C3%ADlias.pdf. Acesso em: 26 jun. 2019
ACNUR. Declaração e Plano de Ação do Brasil. Disponível em: http://www.acnur.org/cartagena30/pt-br/declaracao-e-plano-de-acao-do-brasil/. Acesso em: 27 jun. 2019.
ACNUR. Maha Mamo, refugiada apátrida no Brasil, fala sobre os desafios de uma vida sem nacionalidade. São Paulo. Dez. 2016. Disponível em: http://www.acnur.org/portugues/2016/12/15/maha-mamo-refugiada-apatrida-no-brasil-fala-sobre-os-desafios-de-uma-vida-sem-nacionalidade/. Acesso em: 27 jun. 2019.
ACNUR. No marco do quarto ano da campanha #IBelong para erradicar a apatridia, ACNUR pede soluções mais efetivas aos Estados. 13 de novembro de 2018. Disponível em: http://www.acnur.org/portugues/2018/11/13/comemorando-o-quarto-ano-da-campanha-para-erradicar-a-apatridia-o-acnur-pede-solucoes-mais-efetivas-aos-estados/>. Acesso em: 26 jun. 2019.
BICHARA, Jahyr-Philippe. O Tratamento do Apátrida na nova lei de migração: Entre avanços e retrocessos. Brasília. 2017. Disponível em: http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/rdi/article/download/4619/pdf. Acesso em: 27 jun. 2019
BRASIL. Lei n º 13. 445, de 24 de maio de 2017. Institui a Lei de Migração. Brasília, DF, Diário Oficial da União: 25/05/2017b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015/2017/lei/L13445.htm. Acesso em: 26 jun. 2019.
DARLING, Kate. Protection of Stateless Persons in International Asylum and Refugee Law. International Journal of Refugee Law. Oxford University Press. Volume 21, October, 2009, p. 742–767.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris. 10 dez. 1948. Disponível em: http://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf . Acesso em: 26 jun. 2019.
EDWARDS, Alice. The meaning of nationality in international law in an era of human rights: procedural and substantive aspects. In: EDWARDS, Alice; WAAS, Laura Van. Nationality and Statelessness under International Law. United Kingdom. Cambridge University Press, 2014, p. 11-43.
FRANÇA FILHO, Marcílio Toscano. História e Razão do Paradigma Vestfaliano. Anuario de Derecho Constitucional Latinoamericano. Biblioteca Jurídica Virtual del Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM. 2006. Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/tablas/R08047-32.pdf . Acesso em: 25 ago. 2019.
FRAZÃO, Ana Carolina. Uma breve análise sobre o direito à nacionalidade. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 5, n. 46,1 out. 2000. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/57. Acesso em: 31 jul. 2019.
GIBNEY, Matthew J. Statelessness and citizenship in ethical and political perspective. In: EDWARDS, Alice; WAAS, Laura Van. Nationality and Statelessness under International Law. United Kingdom: Cambridge University Press, 2014, p. 44-63.
INSTITUTE ON STATELESSNESS AND INCLUSION. Statelessness in numbers: 2018. An overview and analysis of global statistics. Disponível em: http://www.institutesi.org/ISI_statistics_analysis_2018.pdf. Acesso em: 25 jun. 2019
INTERNATIONAL COURT OF JUSTICE. Nottebohm (Liechtenstein v. Guatemala). Overview of the case. Disponível em: https://www.icj-cij.org/en/case/18. Acesso em: 25 ago. 2019.
LISOWSKI, Telma Rocha. A Apatridia e o “Direito a ter Direitos”: Um Estudo sobre o Histórico e o Estatuto Jurídico dos Apátridas. Revista Jurídica da Procuradoria Geral do Estado do Paraná. Curitiba, n. 3, p. 109-134, 2012. Disponível em: http://www.pge.pr.gov.br/arquivos/File/Revista_PGE_2012/Artigo_4_A_Apatridia.pdf. Acesso em: 20 jul. 2019.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA. Ministro da Justiça assina o primeiro reconhecimento de apatridia do país. Brasília. 2018. Disponível em: http://www.justica.gov.br/news/collective-nitf-content-67. Acesso em: 26 jun. 2019.
NAÇÕES UNIDAS BRASIL. #IBelong. Disponível em: http://nacoesunidas.org/campanha/ibelong/. Acesso em: 26 jun. 2019
NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Artigo 15: Direito a nacionalidade. 04 de dezembro de 2018. Disponível em: http://nacoesunidas.org/artigo-15-direito-a-nacionalidade/. Acesso em: 13 jul. 2019.
OHCHR. Right to a Nationality and Statelessness.[S.l]. 2019. Disponível em: http://www.ohchr.org/EN/Issues/Pages/Nationality.aspx. Acesso: 26 jun. 2019
REFWORLD. Case of the Yean and Bosico Children v. The Dominican Republic.[S.l]. 2019. Disponível em: https://www.refworld.org/cases,IACRTHR,44e497d94.html. Acesso em: 26 jun. 2019
SOUSA, Fernando.Nação. In: SOUSA, Fernando. Dicionário Relações Internacionais. Edições Afrontamento/ CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, 2005, p. 124.
SOUSA, Fernando.Nacionalidade. In: SOUSA, Fernando. Dicionário Relações Internacionais. Edições Afrontamento/ CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, 2005, p. 124.
SOUSA, Fernando. Vestefália/Sistema Vestefaliano. In: SOUSA, Fernando. Dicionário Relações Internacionais. Edições Afrontamento/ CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, 2005, p. 202.
UNITED NATIONS TREATY COLLECTION. Chapter V: Refugees And Stateless Persons. Junho, 2019. Disponível em: http://treaties.un.org/pages/ViewDetailsII.aspx?src=TREATY&mtdsg_no=V-3&chapter=5&Temp=mtdsg2&clang=_en. Acesso em: 26 jun. 2019.
UNHCR. #IBelongCampaigntoEndStatelessness. Disponível em: http://www.unhcr.org/ibelong-campaign-to-end-statelessness.html. Acesso em: 25 jun. 2019.
UNHCR. Ending Statelessness. Disponível em: unhcr.org/stateless-people.html. Acesso em: 17 jul. 2019.
UNHCR. Statelessness Around the World. Disponível em: http://www.unhcr.org/statelessness-around-the-world.html. Acesso em: 25 jun. 2019.
UNHCR. Right to a Nationality and Statelessness. [S.l] 2019. http://www.ohchr.org/EN/Issues/Pages/Nationality.aspx. Acesso em: 26 jun. 2019
UNITED FOR HUMAN RIGHTS. The Story of Human Rights Documentary. Nov. 2017. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=dZgBHtGDp14. Acesso em: 13 ago. de 2019.
UNITED NATIONS. History of the Document. Disponível em: http://www.un.org/en/sections/universal-declaration/history-document/index.html. Acesso em: 15 ago. 2019.
WEISSBRODT, David; COLLINS, Clay. The Human Rights of Stateless Persons. Human Rights Quarterly. Vol. 28, No. 1. The Johns Hopkins University Press Stable. Feb. 2006, p. 245-276. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/20072730. Acesso em: 31 jul. 2019.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:- Los/las autores/as ceden todos sus derechos de autor a la revista Cadernos de Dereito Actual, la cual se encargará de difundir y citar siempre a su autor.
- Los autores/as se comprometen a no enviar el artículo o publicarlo en otra revista.
- Se permite y recomienda a los/las autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada, siempre que se haga referencia a Cadernos de Dereito Actual.
- Cadernos de Dereito Actual no se hace responsable por ninguno de los artículos publicados en caso de que el/la autor/autora hay incurrido en plagio o alguna política desleal a la hora de redactar y/o enviar su artículo. Cualquier responsabilidad civil o penal corresponderá, siempre, al autor/autora del artículo.
Todos los contenidos publicados en la revista están protegidos bajo una licencia "Creative Commons - Reconocimiento - No Comercial". Toda persona tiene derecho a acceder libremente a los contenidos de la revista.