A CONTRIBUIÇÃO DA TEORIA DA JUSTIÇA EM JOHN RAWLS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Resumen
Em tempos de globalização econômica, em que a crise ambiental ganha destaque, principalmente pela escassez dos recursos naturais, bem como cresce a desigualdade social, sendo que os danos recaem prima facie na população menos favorecida, é necessário garantir o desenvolvimento sustentável com a justa distribuição das riquezas das sociedades modernas, compatibilizando a justiça ambiental com a justiça social. Neste artigo propõe-se a analisar de que forma o Estado brasileiro, enquanto nação norteada por valores vinculados à justiça social e aos princípios da igualdade e solidariedade, conformado constitucionalmente ao paradigma do Estado Democrático de Direito, deve distribuir suas riquezas em prol do bem-estar de todos como forma de implementar os ideais e objetivos fundamentais da sociedade, que se apresenta historicamente por desigualdades regionais e econômicas. Ao considerar a ocorrência de conflitos de interesses entre os direitos fundamentais sociais, como moradia e meio ambiente, questiona-se que critério deve nortear a compatibilização destes direitos. A hipótese básica que orienta esta pesquisa é que a igualdade, cooperação e participação da sociedade nas escolhas levará à justiça social, garantindo direitos fundamentais para gerações atuais e futuras. Para tanto, foram utilizados, o método jurídico-teórico e raciocínio dedutivo com técnica de pesquisa bibliográfica, tendo como marco teórico a obra Uma Teoria da Justiçade Rawls (2008). Ao final, verifica-se que é possível efetivar os direitos fundamentais à moradia e ao meio ambiente saudável se a sociedade for um empreendimento coletivo cooperativo para o benefício de todos.Descargas
Citas
BERCOVICI, G. Constituição econômica e desenvolvimento, Malheiros, 2005.
BRASIL. “Constituição da República Federativa do Brasil de 1988” in Diário Oficial da União, Brasília, 1988.
CANOTILHO, J. J. G. Direito constitucional, Almedina, 1993.
CANOTILHO, J. J. G. Constituição dirigente e vinculação do legislador: contributo para a compreensão das normas constitucionais programáticas, Coimbra Editora, 1994.
CANOTILHO, J. J. G. Direito constitucional e teoria da Constituição, Almedina, 2002.
CANOTILHO, J. J. G. “Tomemos a sérios os direitos económicos, sociais e culturais” in Estudos sobre Direitos Fundamentais, 2008.
DIAS, R. Eco-inovação: caminho para o crescimento sustentável, Atlas, 2014.
DIAS, P. I. “Natureza Jurídica do Desenvolvimento Sustentável no Direito Internacional”, Revista do Direito Internacional, 2, 2015.
FREITAS, J. Sustentabilidade: direito ao futuro, Fórum, 2012.
FREITAS, J. Sustentabilidade: direito ao futuro, Fórum, 2016.
GOMES, M. F.; SANTOS, A. A. P. “As dimensões e normatização do desenvolvimento sustentável”, Revista da Universidade Vale do Rio Verde, 1, 2016.
GOMES, M. F.; FERREIRA, L. J. A dimensão jurídico-política da sustentabilidade e o direito fundamental à razoável duração do procedimento, Revista do Direito, Santa Cruz do Sul, 52, 2017.
GOMES, M. F.; FERREIRA, L. J. “Políticas Públicas e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, Revista de Direito e Desenvolvimento, 2, 2018.
GRAU, E. R. A Ordem econômica na constituição de 1988. Malheiros, 2008.
LUMERTZ, E. S; VIEIRA, F. S. “A justiça e o direito segundo John Rawls e a questão ambiental uma abordagem possível”, Revista do Ministério Público, 72, 2012.
MARQUES, C. “Meio ambiente, solidariedade e futuras gerações”, Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFC, 2012.
MÖLLER, J. E. A justiça como eqüidade em John Rawls, S. A. Frabris, 2006.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. “Assembléia Geral das Nações Unidas” in Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento, 1987.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. “Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD)” in Os objetivos de desenvolvimento sustentável: dos ODM aos ODS.
RAWLS, J. Uma teoria da justiça, Martins Fontes, 2008.
ROHLING, M. O sistema jurídico e a justificação moral da obediência ao direito em uma teoria da justiça de John Rawls, Universidade Federal de Filosofia de Santa Catarina, 2011.
SACHS, I. Caminhos para o desenvolvimento sustentável, Garamond, 2002.
SACHS, I. Desenvolvimento: includente, sustentável, sustentado. Garamond, 2008.
SARLET, I. W. “O direito fundamental à moradia na constituição: Algumas anotações a respeito de seu contexto, conteúdo e possível eficácia”, Revista de Direito e Democracia, 2, 2003.
SARLET, I. W. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na Constituição Federal de 1988, Livraria do Advogado, 2006.
SARLET, I. W.; FENSTERSEIFER, T. “Direito constitucional ambiental: constituição, direitos fundamentais e proteção do ambiente”, Revista dos Tribunais, 2017.
SILVA, R. F. T.; DIZ, J. B. M. “Princípio da precaução: definição de balizas para a prudente aplicação”, Veredas do Direito, 32, 2018.
TAVOLARO, S. B. F. “Movimento ambientalista e modernidade: sociabilidade, risco e moral”, Universidade Estadual de Campinas, 1998.
THOMÉ, R. Manual de direito ambiental, Juspodivm, 2020.
WORLD COMMISSION ON ENVIRONMENT AND DEVELOPMENT. “Our Common Future: the Brundtland Report” in Oxford University Press, 1987, p. 387.
Descargas
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:- Los/las autores/as ceden todos sus derechos de autor a la revista Cadernos de Dereito Actual, la cual se encargará de difundir y citar siempre a su autor.
- Los autores/as se comprometen a no enviar el artículo o publicarlo en otra revista.
- Se permite y recomienda a los/las autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada, siempre que se haga referencia a Cadernos de Dereito Actual.
- Cadernos de Dereito Actual no se hace responsable por ninguno de los artículos publicados en caso de que el/la autor/autora hay incurrido en plagio o alguna política desleal a la hora de redactar y/o enviar su artículo. Cualquier responsabilidad civil o penal corresponderá, siempre, al autor/autora del artículo.
Todos los contenidos publicados en la revista están protegidos bajo una licencia "Creative Commons - Reconocimiento - No Comercial". Toda persona tiene derecho a acceder libremente a los contenidos de la revista.