MODELOS JURÍDICOS DE INTERPRETAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO: ÚLTIMA PALAVRA E DIÁLOGO ENTRE AS CORTES E AS LEGISLATURAS

Autores/as

Resumen

O artigo se propõe a analisar os sistemas de interpretação constitucional existentes, classificando-os em dois grupos: os modelos de última palavra e os modelos de diálogos interinstitucionais. Analisa-se, inicialmente, quem são os intérpretes da constituição e quais são as preocupações e debates que marcam esse cenário. Em seguida, passa-se à descrição dos grandes modelos de interpretação constitucional, especificando-se o modelo schmittiano, o de jurisdição constitucional e o de supremacia parlamentar, bem como os modelos de diálogo interrogativo, interruptivo e construtivo. Ao final, são apresentadas reflexões sobre os referidos modelos, concluindo-se que os diálogos interinstitucionais minimizam tanto o risco de interferência legislativa injusta que ameace a liberdade quanto de interferência judicial injusta em desfavor da legislação, e que tais modelos parecem corresponder de maneira mais adequada aos anseios de neutralização de abusos pelos atores estatais e de maior harmonia entre os Poderes, levando a uma interpretação da constituição mais afinada com a realidade constitucional e o sistema democrático.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ARISTÓTELES. A Política, Martin Claret, São Paulo, 2004.

BARACHO, J.A.O. “Hermenêutica constitucional”, Revista de informação legislativa, v. 14, n. 53, 1977.

BARROSO, L.R. Interpretação e aplicação da constituição: fundamentos de uma dogmática constitucional transformadora, Saraiva, São Paulo, 2009.

BERCOVICI, G. “Carl Schmitt, o estado total e o guardião da constituição”, Revista Brasileira de Direito Constitucional, n. 1, 2003.

BRASIL. Constituição, disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>, acesso em: 01 mar. 2022.

BRASIL. Constituição Política do Império do Brazil, disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm>, acesso em: 01 mar. 2022.

CANOTILHO, J.J.G. Direito constitucional e teoria da constituição, Almedina, Coimbra, 2003.

CAPPELLETTI, M. O controle judicial de constitucionalidade das leis no direito comparado, Fabris, Porto Alegre, 1984.

ELY, J.H. Democracia e desconfiança: uma teoria do controle judicial de constitucionalidade, WMF Martins Fontes, São Paulo, 2010.

FURLAN, F.F. “O guardião da constituição: debate entre carl schmitt e hans Kelsen”, A&C R. de Dir. Administrativo & Constitucional, ano 10, n. 39, 2010.

GRODIN, J. Hermenêutica, Parábola Editorial, São Paulo, 2012.

HORTA, R.M. Direito constitucional, Del Rey, Belo Horizonte, 2010.

KRAMER, L.D. Constitucionalismo popular y control de constitucionalidade, Marcial Pons, Madrid, 2011

LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo, Martins Fontes, São Paulo, 2005.

LUNARDI, S.G. “Controle de constitucionalidade na França: vantagens e inovações”, Revista Brasileira de Estudos Políticos. n. 103, 2011.

MENDES, G.F. & BRANCO, P.G.G. Curso de direito constitucional, Saraiva Educação, São Paulo, 2019.

MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis, Martin Claret, São Paulo, 2006.

TAVARES, A.R. Curso de direito constitucional, Saraiva educação, São Paulo, 2018.

SAMPAIO, J.A.L. A constituição reinventada pela jurisdição constitucional, Del Rey, Belo Horizonte, 2002.

SALES, G.F. Curso de direito constitucional, D’Plácido, Belo Horizonte, 2021.

SARLET, I.W.; MARINONI, L.G. & MITIDIERO, D. Curso de direito constitucional, Saraiva Educação, São Paulo, 2019.

SCHMITT, C. Teoría de la Constitución, Alianza, Madrid, 1982.

SIGALET, G. “On Dialogue and Domination”, Stanford Public Law Working Paper, Cambridge University Press, 2018.

STF. Ação direta de inconstitucionalidade n. 4.650, disponível em: <https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=10329542>, acesso em: 01 mar. 2022.

TUSHNET, M. Weak courts, strong rights: judicial and social welfare rights in comparative law, Princeton University Press, 2007.

TUSHNET, M. Taking the constitution away from the courts, Princeton University Press, Princeton, 1999.

ZAGREBELSKY, G. El derecho dúctil, Trotta, Madrid, 1995.

Publicado

15-04-2022

Cómo citar

Fernandes Sales, G. (2022) «MODELOS JURÍDICOS DE INTERPRETAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO: ÚLTIMA PALAVRA E DIÁLOGO ENTRE AS CORTES E AS LEGISLATURAS», Cadernos de Dereito Actual, (17), pp. 189–202. Disponible en: https://cadernosdedereitoactual.es/ojs/index.php/cadernos/article/view/765 (Accedido: 28 marzo 2024).